sábado, 22 de agosto de 2009

Filho de importante família florentina, não se sabe a data exata de nascimento de Dante Alighieri, o poeta que definiu e estruturou o idioma italiano moderno. A península Itálica na sua época era um mosaico de pequenos Estados que não compartilhavam sequer a mesma língua ou cultura.

Aos nove anos de idade Dante conheceu Beatrice (Beatriz) Portinari, que seria a musa inspiradora ao longo de sua obra: com 16 anos ele voltou a encontrá-la e escreveu para ela o primeiro de seus famosos sonetos de amor. Dois anos depois, casou-se com Gemma, com quem teve três filhos. O casamento estava combinado entre as famílias desde a infância dos noivos.

O amor por Beatriz deu a partida na moda do amor romântico em italiano. A morte da amada, em 1290, levou Dante ao estudo de filosofia latina e religiosa, conhecimentos que inspiraram sua principal obra.

A "Divina Comédia" conta uma viagem imaginária de Dante. O poeta romano Virgílio, seu autor clássico preferido, é o guia no caminho pelo Inferno e Purgatório, onde se encontram personalidades históricas e muitos poderosos da época. No Paraíso, Dante é levado por sua amada Beatriz, a um final feliz.

O sentido original da palavra comédia (commedia, em italiano) era oposto ao de tragédia, que terminava mal para os personagens. O poema tem estrutura épica, base filosófica, e foi escrito na língua toscana, muito próxima do italiano atual. No final do século 13, Dante Alighieri afirmava que essa língua chamada de vulgar, isto é, o vernáculo, era ainda mais nobre que o latim, pois não era artificial e nem privilégio de poucos.

A decisão de Dante de escrever seu grande poema em italiano, a língua falada pelo povo - e a inovação, no século seguinte, da imprensa de tipos móveis, foram marcos na alfabetização e na liberalização da sociedade européia.

O poeta foi médico-farmacêutico, mas não estava interessado na profissão. Entrou na guilda (corporação de ofício) dos boticários por causa de uma lei de 1295, que reservava os cargos públicos a nobres membros de alguma Corporação de Artes e Ofícios.

Dante combateu ao lado dos cavaleiros florentinos, em 1289, contra os de Arezzo. De 1295 a 1300, fez parte do Conselho dos Cem, que governava a cidade. Ele chefiou uma delegação de embaixadores de Florença a Roma, para negociar a paz com o papa Bonifácio 8º., que enviara uma tropa para pacificar a região da toscana. Exceto Dante, a comitiva retornou à cidade. Enquanto ele estava retido pelo papa, a cidade foi ocupada por uma facção rival, que matou a maioria dos membros do partido ao qual o poeta era ligado.

Dante foi condenado ao exílio pelo novo governo de Florença. Se fosse capturado por soldados da cidade seria queimado vivo. Após passar por vários principados, em 1318, ele foi convidado para ser hóspede de Guido Novello da Polenta, príncipe de Ravena, onde morreu em 1321, o mesmo ano em que terminou de escrever os versos do Paraíso, a parte final de sua "Divina Comédia".

X

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u194.jhtm
.


Giovanni Boccaccio (Florença ou Certaldo, 16 de junho de 1313 - Certaldo, 21 de dezembro de 1375) foi um autor e poeta italiano.

Filho de um mercador, Boccaccio não se dedicou ao comércio como era o desejo de seu pai, preferindo cultivar o talento literário que se manifestou deste muito cedo. Foi um importante humanista, autor de um número notável de obras, incluindo Decamerão, o poema alegórico Visão Amorosa (Amorosa visione) e De claris mulieribus, uma série de biografias de mulheres ilustres. O "Decamerão" fez de Boccaccio o primeiro grande realista da literatura universal.

Ao ler "A Comédia", de Dante Alighieri, ficou tão fascinado que a renomeou de "A Divina Comédia", título com que a obra seria imortalizada. Considerado pelos seus contemporâneos florentinos uma autoridade sobre Dante, o governo da cidade convidou-o, em 1373, a fazer uma leitura pública da Divina Comédia. Se bem que haja poucos registos, crê-se que Boccaccio fez apenas cerca de 55 palestras, pois a doença obrigava-o a interromper a apresentação no Canto XVII do Inferno. Nunca conseguiria terminar o projecto, mas o texto com os seus comentários ficou para a posteridade: Esposizioni sopra la Comedia di Dante. Boccacio foi autor de uma das primeiras biografias de Dante, o Trattatello in laude di Dante, também conhecido como Vita di Dante.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Boccaccio
X
http://www.mundocultural.com.br/index.asp?url=http://www.mundocultural.com.br/literatura1/humanismo/boccaccio.html

Poeta e humanista italiano (20/7/1304-18 ou 19/7/1374). Autor de poesias que revelam intenso conhecimento humanista. É ele quem fixa a forma do soneto. Filho de um advogado, nasce em Arezzo e, em 1312, muda-se com a família para Avignon, na França.
Por influência do pai, começa em 1316 a estudar direito em Montpellier, continuando o curso em Bolonha, em 1320. Com a morte do pai, em 1326, interrompe os estudos e volta a Avignon, onde se aprofunda em literatura. Em abril de 1327 vê Laura (provavelmente Laura Novaes, casada com Hugo de Sade) na porta da Igreja de St. Clare.


Apaixona-se e dedica a ela amor platônico até o fim da vida. Os poemas de Rime e Canzoniere mostram a intensidade desse amor. Em 1333 viaja pela França e lê manuscritos clássicos nas bibliotecas monásticas. Em 1337 visita Roma pela primeira vez.

De volta a Avignon, busca refúgio no monte Vaucluse para seus momentos de meditação. Em 1353 vai para Milão, onde permanece por oito anos. Transfere-se em 1361 para Pádua e depois para Veneza, cidade em que recebe várias vezes a visita de Boccaccio. Ainda em fase de intensa produção literária, muda-se para uma casa de campo em Arquà, na qual morre de malária.

Gil Vicente
1465? - 1536?
Pouco se sabe sobre a vida de Gil Vicente. Pensa-se que terá nascido por volta de 1465, em Guimarães ou algures na Beira. Duas vezes casado, teve cinco filhos, dos quais os mais conhecidos são Paula Vicente, que deixou fama de uma mulher invulgarmente culta, e Luís Vicente, que organizou a primeira Compilação das obras de seu pai.

No início do século XVI encontramo-lo na corte, participando nos torneios poéticos que Garcia de Resende documentou no seu Cancioneiro Geral.

Em documentos da época há referência a um Gil Vicente, ourives, a quem é atribuída a famosa Custódia de Belém (1506), obra-prima da ourivesaria portuguesa do século XVI, e a um Gil Vicente que foi "mestre da balança" da Casa da Moeda. Alguns autores defendem que o dramaturgo, o ourives e o mestre de balança seriam a mesma pessoa, mas até hoje não foi possível provar isso de forma incontestável, embora a identificação do dramaturgo com o ourives seja mais credível, dada a abundância de termos técnicos de ourivesaria nos seus autos.

Gil Vicente
1465? - 1536?
Pouco se sabe sobre a vida de Gil Vicente. Pensa-se que terá nascido por volta de 1465, em Guimarães ou algures na Beira. Duas vezes casado, teve cinco filhos, dos quais os mais conhecidos são Paula Vicente, que deixou fama de uma mulher invulgarmente culta, e Luís Vicente, que organizou a primeira Compilação das obras de seu pai.

No início do século XVI encontramo-lo na corte, participando nos torneios poéticos que Garcia de Resende documentou no seu Cancioneiro Geral.

Em documentos da época há referência a um Gil Vicente, ourives, a quem é atribuída a famosa Custódia de Belém (1506), obra-prima da ourivesaria portuguesa do século XVI, e a um Gil Vicente que foi "mestre da balança" da Casa da Moeda. Alguns autores defendem que o dramaturgo, o ourives e o mestre de balança seriam a mesma pessoa, mas até hoje não foi possível provar isso de forma incontestável, embora a identificação do dramaturgo com o ourives seja mais credível, dada a abundância de termos técnicos de ourivesaria nos seus autos.



Ao longo de mais de três décadas, o nosso Gil Vicente foi um dos principais animadores dos serões da corte, escrevendo, encenando e até representando mais de quarenta autos. O primeiro, o Monólogo do Vaqueiro (Auto da Visitação), data de 1502 e foi escrito e representado pelo próprio Gil Vicente na câmara da rainha, para comemorar o nascimento do príncipe D. João, futuro D. João III. O último, Floresta de Enganos, foi escrito em 1536, ano que se presume seja o da sua morte.

O Auto da Sibila Cassandra, escrito em 1513, introduz os deuses pagãos na intriga e por isso é considerado por alguns como o marco inicial do Renascimento em Portugal.

Alguns dos autos foram impressos em vida do autor, sob a forma de folhetos - literatura de cordel -, mas a primeira edição do conjunto das suas obras só foi feita em 1562, tendo sido organizada por seu filho Luís Vicente. Dessa primeira Compilação não constam três dos autos escritos por Gil Vicente, provavelmente por terem sido proibidos pela Inquisição. Aliás, o Index Librorum Prohibitorum (índice dos livros proibidos) de 1551 incluía já sete das obras de Gil Vicente.

É considerado um autor de transição entre a Idade Média e o Renascimento. De facto, a estrutura das suas peças e muitos dos temas tratados são desenvolvimentos do teatro medieval. No entanto, alguns dos aspectos críticos apontam já para uma concepção humanista. Em muitos dos seus autos defende concepções e valores tipicamente medievais, no aspecto religioso, por exemplo, mas outras vezes assume posições críticas muito próximas daquelas que eram defendidas pelos humanistas europeus. Em 1531, em carta ao rei, defendeu firmemente os cristãos-novos a quem era atribuída a responsabilidade pelo terramoto de Santarém. Também no Auto da Índia apresenta uma visão anti-épica da expansão ultramarina, pondo em evidência as motivações materialistas de muitos dos seus agentes.

Não é fácil estabelecer uma classificação das peças escritas por Gil Vicente. Ele próprio dividiu-as em três grupos: obras de devoção, farsas e comédias. Na sua Compilação, Luís Vicente acrescentou-lhe um quarto género, a tragicomédia. Estudiosos recentes preferem considerar os seguintes tipos: autos de moralidade, autos cavaleirescos e pastoris, farsas, alegorias de temas profanos. No entanto, é preciso ter em conta que, por vezes, na mesma peça encontramos elementos característicos de vários desses tipos.

Herdeiro, embora, do teatro medieval, Gil Vicente vai muito além daquilo que, antes dele, se fazia em Portugal. Revela um génio dramático invulgar, capaz de procurar e encontrar soluções técnicas à medida das necessidades. Nesse sentido Gil Vicente pode ser encarado como o verdadeiro criador do teatro nacional.

Por outro lado, a dimensão e a riqueza da sua obra constituem um retrato vivo da sociedade portuguesa, nas primeiras décadas do século XVI, onde estão presentes todas as classes sociais, com os seus traços específicos e os seus vícios, bem como muitos dos problemas que preocupavam os homens do seu tempo. Também no aspecto linguístico o valor documental da sua obra é inestimável. Constitui seguramente a melhor fonte de informação de que dispomos sobre os falares do início do século XVI.

Fonte: pwp.netcabo.pt

O Poeta italiano Francesco Petrarca, como quase todos os autores dessa época tem datas de nascimento e falecimento incertas. Acredita-se que ele tenha nascido no ano de 1304 e falecido em 1374.

Além de ter fixado a forma do soneto, Petrarca é considerado o pai Humanismo, devido a suas poesias de intenso conhecimento humanista e por ser o principal precursor desse movimento que espalhou-se pela Europa, no período que corresponde à Transição da Idade Média à Idade Moderna.
Petrarca nasceu em Arezzo e, em 1312, muda-se com a família para Avignon, na França. Por influência do pai que era advogado, começa em 1316 a estudar Direito em Montpellier, continuando o curso em Bolonha, em 1320.

Com a morte do pai, em 1326, interrompe os estudos e volta a Avignon, onde se aprofunda na literatura. Em abril de 1327, vê Laura (provavelmente Laura Novaes, casada com Hugo de Sade) na porta da Igreja de St. Clare e apaixona-se por ela, dedicando a ela um amor não correspondido até o fim da vida. Os poemas de Rime e Canzoniere mostram a intensidade desse amor.

Em 1333, viaja pela França e lê manuscritos clássicos nas bibliotecas monásticas. Em 1337, visita Roma pela primeira vez. De volta a Avignon, busca refúgio no Monte Vaucluse para seus momentos de meditação. Em 1353, vai para Milão, onde permanece por oito anos. Transfere-se em 1361 para Pádua e depois para Veneza, onde recebe várias vezes a visita de Boccaccio. Ainda em fase de intensa produção literária, muda-se para uma casa de campo em Arquà, onde morre de malária.

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/gil-vicente/gil-vicente-1.php
X
http://www.mundocultural.com.br/index.asp?url=http://www.mundocultural.com.br/literatura1/humanismo/petrarca.html

Nenhum comentário: